sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

EMENDA À PARNAMIRIM N.9



IIR.´. e amigos da Maçonaria,

Através de emenda do Deputado Agnelo Alves, nossa Loja, PARNAMIRIM Nº 9 foi contemplada no orçamento do Estado do RN para o exercício de 2013. Faltando apenas e unicamente a sanção da Governadora Rosalba Ciarlini, o que com certeza não tardará.
A Loja PARNAMIRIM Nº 9 em nome do V.´.M.´. George Augusto e demais IIr.´. deve sinceros agradecimentos ao Deputado Agnelo Alves e ao amigo da maçonaria e da PARNAMIRIM Nº 9  o Sr. Jorge Maia, pela intervenção junto ao Gabinete do nobre Deputado.
Já iniciamos 2013 com o pé direito. Parabéns a todos !

domingo, 23 de dezembro de 2012

FESTA DE CONFRATERNIZAÇÃO - 2012

Amigos e IIr.´. ,

Mais uma confraternização da nossa loja foi sucesso ! Ao som de musica ao vivo, na voz, violao e teclado, fechamos com chave de ouro o ano de 2012.
Como acontece todos os anos, a organização do evento sempre nos faz sair de cada confraternização com aquele gostinho de "quero mais." 
Os IIr.´. muito bem servidos recebendo a atenção e carinho dos IIr.´. Fenelon e Rui com o carisma de sempre.
O V.´.M.´. George Freitas finaliza o ano com saldo extremamente positivo da sua administração, aglutinando todos os IIr.´. e trabalhando para que a nossa loja e a nossa Ordem estejam cada vez mais proxima dos obreiros e da sociedade em Geral, o que nos revigora e motiva a caminhada !
O ponto alto e emocionante de nossa festa foi a comemoração do aniversário do Ir.´. JANDUHI MEDEIROS, nosso Orador, poeta, presidente da Academia de Letras de Parnamirim, que foi homenageado por sua genitora, lendo um belo poema em homenagem ao seu natalicio.
Daqui desejamos ao Ir.´. votos de saude, sucesso e felicidades.

Ir.´. Abraão Azevedo e familia

Ir.´. Mequinho


Cunhada Dulciene e V.´.M.´. George

Ir.´. Freitas e Ir.´. Mário


Nossos amigos e Ir.´. do oriente de S.P do Potengi

Ir.´. Canindé

Ir.´. Tes.´. Lenarte dos Santos e amigos

IIr.´. Lenarte e Érico com familiares

Ir.´. Érico Renato e Cunhada Iloá

familiares do Ir.´. Deusnair

Ir.´. Deusnair e cunhada

Ir.´. Martiniano

Companheiro Amorim

familiares e amigos Ir.´. Janduhi

Ir.´. Borges, Azevedo e Galdino

Nosso cantador


Nosso Ir.´.  Gilberto esbanjando simpatia

Ir.´. Homero e Alderman

IIr.´. Janduhi e Humberto

IIr.´. Fenelon e Rui

Quarteto da mais alta qualidade que engrandecem a ordem no RN: IIR.´. Humberto, Janduhi, Fenelon e Rui


IIr.´. Jacob Serruya e Abraão Azevedo


Ir.´. Jose Lucas



Homenagem da mãe do Ir.´. Janduhi na oportunidade da passagem do seu aniversario

Agradecimentos do Ir.´. Janduhi

Todos se divertiram. A Parnamirim é festa !




LOJA PARNAMIRIM DE CARA NOVA

Tendo à frente a arquiteta e Presidente das Samaritanas, Sra. Dulciene, a fachada de entrada da Loja PARNAMIRIM N.9 mudou. A sala das Samaritanas deu lugar a um Hall de entrada de extrema beleza e simplicidade, onde também se fez a Galeria dos Veneráveis.
Foi implementado também uma nova área de lazer para os encontros dos IIr.´. com churrasqueira e ainda uma grande área para as crianças. As Samaritanas que tanto nos ajudam, ganharam uma sala completamente nova e com todos os recursos que elas merecem.
Esta conquista deve-se ao trabalho do V.´. M.´. Ir.´. George e todos os IIr.´. que sempre estão de pé e a ordem para tudo o que se relaciona a nossa Loja e a nossa Ordem. Parabéns a todos !








sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Luiz Gonzaga – O Rei do Baião

 
 
Todos conhecem a história de Luiz Gonzaga – O Rei do Baião.
Contada por ele mesmo em algumas de suas músicas e tema de vários livros, documentários e filmes, como o recentíssimo sucesso de bilheteria “Gonzaga - De Pai pra Filho”. Sua biografia não é segredo para ninguém. Mas poucos conhecem a história do Maçom Luiz Gonzaga, nosso saudoso Ir.'. Luiz Gonzaga.
Iniciado no dia 03 de abril de 1971, na Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Paranapuan” Nº 1477, de obediência do Grande Oriente do Brasil - GOB, no Rito Moderno” ou "Francês" no Oriente da Ilha do Governador/RJ. Foi Elevado ao Grau de Companheiro Maçom, no dia 14 de dezembro de 1971 e Exaltado ao Grau de Mestre Maçom, no dia 05 de dezembro de 1973. Tendo como seu "padrinho" o irmão Florentino Guimarães, membro do quadro da Loja "Paranapuan".
Nos Altos Graus da Maçonaria foi iniciado no Grau 4 do Rito Moderno, no dia 10 de agosto de 1984, no Sublime Capítulo "Paranapuan", jurisdicionado ao
Supremo Conselho do Rito Moderno. Embora não pudesse ter assiduidade em sua loja mater em razão de suas conhecidas viagens pelo pais, não perdia a oportunidade de frequentar as Lojas Maçônicas dos Orientes onde passava. Nessas Lojas conheceu muitos IIrr.'. que são testemunhas de sua dedicação e compromisso com a Sublime Ordem.
Para selar este amor e dedicação, homenageou a Ordem, compondo, em parceria com o Ir.'. Orlando Silveira, a música Acácia Amarela, cuja gravação ocorreu em 1981, e foi incluída no elenco do CD "Eterno Cantador".
Ao retornar a Exu, encontra com IIrr.'. que precisavam se deslocar até o Oriente de Ouricuri-PE para participar dos trabalhos maçônicos. Inconformado com tal situação, une os IIrr.'. com o objetivo de fundar uma Loja em Exu.
Pouco tempo depois, em 1988, são erguidas as colunas do templo maçônico da Aug.'. e Resp.'. Loja Simbólica Força da Verdade nº 59, com obediência à Soberana Grande Loja Maçônica de Pernambuco, cujos trabalhos eram realizados na Sede da Fundação Vovô Januário, espaço cedido pelo saudoso Ir.'..
Após seu chamamento para o Oriente Eterno, no dia 02 de agosto de 1989, os membros daquela oficina resolveram, como forma de agradecimento pelo seu valoroso empenho em trazer a maçonaria para nossa cidade, rebatizar a Oficina que passou a ser chamada de Loja Maçônica Ir.'. Luiz Gonzaga nº 59. Uma minúscula homenagem àquele que tanto fez pela Ordem.

sábado, 15 de dezembro de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO DA PARNAMIRIM N 9/2012

IIr.´., amigos e convidados

Anunciamos que a nossa festa de final de ano, será na data de 22/12/2012 a partir das 21:00 hrs. A organização do evento está prevendo uma grande festa com musica ao vivo, comida e as boas companhias que sempre abrilhantam as nossas festas e eventos.
A julgar pela competência dos IIr.´. organizadores tendo a frente o nosso reeleito V.´.M.´. George Freitas, temos tudo para nos despedirmos de 2012 em grande estilo
Todos estão convidados !

T.´.F.´.A.´.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MANDATO RENOVADO



 
Nosso Ir.´. V.´.M.´. George Augusto, obteve de forma unânime sua reeleição para mais um mandato à frente da Loja Parnamirim 09.
George, que é filho do primeiro venerável da Loja Parnamirim, nosso Ir.´. Raimundo Marciano, vem trabalhando para deixar a loja muito mais bonita, remodelando sua estrutura física e mantendo a loja como um dos ícones da GLERN em ritualistica e união.
Ir.´. George, os IIr.´. lhe desejam mais um ano repleto de saúde, união e bom trabalho. Conte conosco !

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

As condições individuais indispensáveis para poder pertencer à Maçonaria Universal são:










Se você tem uma vida familiar harmoniosa, bom relacionamento com os que circundam sua vida profissional e social, moral e caráter ilibados, espírito associativo, lealdade a si mesmo, fidelidade aos compromissos assumidos, é tolerante, é perseverante, não tem discriminação de cor, raça ou religião, é consciente de seus deveres para com a Pátria, acha-se um homem livre e de bons costumes e crê em Deus, então você poderá ser aceito na Maçonaria.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Maçonaria e a Independência do Brasil !‏


Laços fora, soldados! Pelo meu sangue, pela minha honra, juro fazer a liberdade do Brasil. Independência ou morte!”
Esta proclamação – feita por Dom Pedro às margens do Ipiranga,  às 16h30 de 7 de setembro de 1822, em meio às espadas erguidas dos militares que o acompanhavam – parece lembrar claramente um juramento maçônico. Na verdade, o que comemoramos a cada 7 de setembro não é exatamente a independência do País, mas o compromisso solene do príncipe Pedro com nosso povo. A independência política –  destituída da idéia de completa separação de Portugal – havia sido anunciada oficialmente um mês antes, em agosto.
A independência brasileira foi resultado direto da ação do movimento maçônico. As organizações autônomas baseadas na tradição da maçonaria são fraternidades secretas ou semi-secretas que realizam reuniões ritualísticas. Elas buscam o aperfeiçoamento do ser humano através da vivência da fraternidade universal, da liberdade de consciência e da ruptura dos dogmas religiosos. Mas, como todo movimento baseado na liberdade de pensamento, as organizações maçônicas divergiam bastante umas das outras e deixavam à mostra as incoerências humanas, vaidades pessoais e lutas de poder dos seus integrantes, entre os quais estavam alguns do principais líderes das campanhas pela independência dos países latino-americanos e dos Estados Unidos, e dirigentes de revoluções liberais da Europa desde o século 18.
Para que se compreenda o processo da independência política do Brasil, é preciso ter claro – como destaca o historiador Caio Prado Júnior – que as monarquias de Portugal e Espanha estavam decadentes desde o século 17.
No século 18, a Espanha foi buscar apoio na França, enquanto Portugal se amparava na Inglaterra. A disputa entre Portugal e Espanha – grandes potências coloniais com economias pré-industriais e atrasadas – era, na verdade, um reflexo da briga entre Inglaterra e França, as grandes potências mundiais da época.
A maçonaria, com sua diversidade natural, também expressava essas contradições políticas, econômicas e estratégicas. Na Inglaterra, os maçons defendiam a monarquia constitucional e serviam como uma ponta de lança da influência britânica sobre o mundo. Essa idéia de monarquia acabou dominando os primeiros tempos da independência brasileira. Mas na França, como nos Estados Unidos (que fizeram sua independência a partir de 1776), os maçons defendiam o regime republicano, e divulgaram essa idéia por todo o mundo desde a revolução começada em 1789 com a tomada da Bastilha. O ideário republicano dessas correntes maçônicas teve conseqüências decisivas para os países da América espanhola.
Um  dos motivos pelos quais a  ação dos maçons da Inglaterra era mais moderada no começo do século 19  surgia do fato de que lá não havia sido necessária, no século 18, a violência da Revolução Francesa. Desde os tempos de Francis Bacon, a influência rosacruz e maçônica  era bem maior e mais forte na Inglaterra,  tornando a aceitação das idéias liberais algo natural. Já na França, as elites se haviam negado a aceitar qualquer modernização, apesar dos esforços de grandes maçons, e de sábios notáveis como Alessandro Cagliostro e o conde de Saint-Germain na segunda metade do século 18.  A influência dogmática do Vaticano, muito forte na França, era pequena na Inglaterra. A irresponsabilidade cega das elites levou ao banho de sangue da Revolução Francesa.
Essa diferença entre as maçonarias francesa e inglesa explica, em grande parte, as lutas entre José Bonifácio, maçom moderado e monarquista constitucional, e a maior parte do movimento maçônico brasileiro, que era mais radical, principalmente no plano verbal,  e tinha forte tendência republicana.
Até alguns anos atrás, Bonifácio era considerado traidor da causa da independência brasileira em meios maçônicos.  A partir dos anos 1980, historiadores como José Castellani passam a fazer justiça ao “Patriarca da Independência”. Por outro lado, a historia oficial tem ignorado o papel fundamental do líder maçônico Joaquim Gonçalves Ledo em nossa independência – porque Ledo, republicano e mais exaltado, era adversário de Bonifácio. Hoje, as informações disponíveis já permitem uma posição equilibrada, capaz de reconhecer tanto o valor de Gonçalves Ledo como o de José Bonifácio.
Não há dúvida de que os maçons republicanos foram influentes desde o começo do Brasil. Na Inconfidência Mineira, de inspiração claramente maçônica, Tiradentes e seus companheiros sonhavam com a República. A bandeira do movimento era um triângulo, símbolo maçônico, com a inscrição “Liberdade Ainda que Tardia”. Os iniciadores do movimento haviam sido admitidos pela maçonaria francesa e estavam entusiasmados pela independência dos Estados Unidos. O movimento foi descoberto e seus integrantes passaram a ser  presos a partir de maio de 1789. Antes de morrer na forca e ter seu corpo esquartejado em 21 de abril de 1792, Tiradentes declarou:
“Se eu tivesse dez vidas, eu daria todas elas para que os meus companheiros não sofressem nada.”
Na verdade, a Inconfidência Mineira não estava ligada diretamente à maçonaria, embora tenha sido  inspirada pelo ideal maçônico. A primeira associação maçônica no Brasil –  que ainda não era uma loja regular – foi fundada em Pernambuco pelo botânico Manoel de Arruda Câmara, em 1796, e ficou conhecida como o “Aerópago de Itambé”. 
Foi devido à influência do Aerópago que eclodiu em 1817 a Revolução Pernambucana, liderada por diversos maçons e cujo ideal era, também, republicano. O movimento depôs o governador  e proclamou a República em 6 de março de 1817, resistindo pouco menos de três meses até ser derrotado pelas tropas imperiais. Seus principais líderes foram enforcados, com a exceção de Frei Caneca, também maçom, que sobreviveu e iria mais  tarde  liderar com bravura a Confederação do Equador, em 1824.
A revolução de 1817 inicia a contagem regressiva para a independência política.  Em 30 de março de 1818, o rei português Dom João VI – que viera para o Brasil em 1808, com sua corte de dez mil pessoas, fugindo das tropas de Napoleão – assinava documento proibindo o funcionamento de sociedades secretas:
“Eu El-Rei faço saber (...) que se tendo verificado pelos acontecimentos que são bem notórios o excesso de abuso a que têm chegado as sociedades secretas (...) sou servido declarar por criminosas e proibidas todas e quaisquer sociedades secretas de qualquer denominação que sejam...”
Mas o avanço das idéias liberais, estimulado no mundo inteiro pelas maçonarias inglesa e francesa, já era inevitável. Os velhos regimes coloniais e as monarquias absolutistas estavam com os dias contados. Em Portugal, a revolução liberal de 1820 alterou radicalmente a situação e as Cortes (parlamento) portuguesas passaram a pressionar Dom João VI. Quando finalmente o rei deixou o Brasil e voltou para Lisboa, em abril de 1821, as Cortes pretendiam fazer a sociedade brasileira voltar à situação de simples colônia, depois de haver sido sede do Império, e isso acelerou a ruptura.
O príncipe regente Dom Pedro fora aconselhado por seu pai a chefiar a independência caso esta fosse inevitável. Em 9 de janeiro de 1822,  ele cedeu a um movimento organizado por José Joaquim da Rocha e outros maçons e desobedeceu os decretos 124 e 125 das Cortes portuguesas, que alteravam a estrutura administrativa do Brasil e mandavam que o príncipe regente voltasse imediatamente a Portugal.
“Diga ao povo que fico”, anunciou Dom Pedro, firmando uma aliança com os maçons.
Em 13 de maio, a loja maçônica “Comércio e Artes” deu a Dom Pedro o título de “Defensor Perpétuo do Brasil”.  Crescia a influência de Joaquim Gonçalves Ledo. Poucos dias depois, José Bonifácio assumiu o cargo de ministro do Interior e do Exterior.
Nascido em Santos (SP) em 13 de junho de 1763, Bonifácio era um homem de cultura extraordinária. Viajara por toda Europa e pertencia a diversas entidades científicas, tendo descrito 12 novos minerais. Falava e escrevia francês, inglês, alemão, grego e latim. Tinha uma percepção profundamente ética da vida. Defendia a reforma agrária, a preservação do meio ambiente e a abolição gradual da escravatura, e isso lhe deu numerosos inimigos, inclusive entre os maçons republicanos.  Bonifácio tinha uma visão de estadista. Olhava a longo prazo. Através da monarquia, pretendia preservar a unidade cultural e política do Brasil, ao contrário do que acontecia na América espanhola, que era republicana, mas que se esfacelava em pequenos países.
Joaquim Gonçalves Ledo, nascido no Rio de Janeiro em 1781, estudou medicina em Coimbra, mas voltou ao Brasil antes de terminar o curso, colocando-se em pouco tempo à frente da luta pela independência e fazendo da maçonaria o centro das novas idéias. Em setembro de 1821 fundou o jornalRevérbero Constitucional Fluminense, que teve grande influência no surgimento de uma consciência nacional brasileira. Em 1821, liderou uma revolta republicana fracassada; no ano seguinte, estabeleceu aliança com Dom Pedro e José Bonifácio em torno de uma independência com monarquia, embora houvesse um grande número de republicanos entre os maçons.
Em 2 de junho de 1822, meses depois do Dia do Fico, Bonifácio criou o Apostolado, organização semelhante à maçonaria, e nomeou Dom Pedro como seu chefe, com o título de “arconte-rei”.  Meses antes do dia sete de setembro, um dos lemas do “Apostolado da Nobre Ordem dos Cavaleiros da Santa Cruz” era, significativamente, “Independência ou Morte”.  Como parte do juramento prestado ao ingressar na ordem, cada novo membro do apostolado dizia:
“Juro promover, com todas as minhas forças e a custo da minha vida e riqueza materiais, a integridade, a independência e a felicidade do Brasil, como império constitucional, opondo-me tanto ao despotismo que o altera como à anarquia que o dissolve. Assim Deus me ajude.”
As palavras do grito do Ipiranga, em 7 de setembro, seriam, mais tarde, praticamente uma renovação desse compromisso por parte do futuro imperador. Gonçalves Ledo e os principais líderes do movimento emancipador eram membros do “Apostolado”.
A data da iniciação de Dom Pedro na maçonaria não parece estar bem estabelecida. Alguns autores falam de maio de 1822. Outros indicam o dia 13 de julho. Segundo aquele que é talvez o principal pesquisador maçônico da independência, José Castellani, Dom Pedro foi iniciado na maçonaria apenas no dia 2 de agosto. De qualquer modo, em 17 de julho Ledo organizou as lojas maçônicas no Grande Oriente do Brasil e ofereceu o cargo de grão-mestre a José Bonifácio, ficando com a posição imediatamente inferior, de primeiro vigilante. Dois dias depois, uma carta de Dom Pedro a seu pai deixava claro que a ruptura entre Brasil e Lisboa já era total:
“O Brasil, senhor, ama a vossa majestade, reconhecendo-o e sempre reconheceu como seu rei; (mas quanto às Cortes)... hoje não só as abomina e detesta, mas não lhes obedece, nem lhes obedecerá mais, nem eu consentiria em tal...”
Em obediência à estratégia traçada por José Bonifácio, principal conselheiro do príncipe, em 1º de agosto, Dom Pedro assinou um “Manifesto aos Brasileiros”, redigido por Gonçalves Ledo, e um decreto tomando providências para a defesa militar e a vigilância dos portos brasileiros. Como proclamação da independência, o “Manifesto” é muito mais claro e poderoso que o Grito do Ipiranga, de 7 de setembro., e tem valor legal e oficial, que o evento do riacho não possui.  O nome do autor do Manifesto está claramente estabelecido. O Barão do Rio Branco escreveu:
“Foi Ledo quem inspirou todas as grandes manifestações daqueles dois anos da nossa capital, quem instigou o governo a convocar uma constituinte e quem redigiu alguns dos principais documentos políticos, como o manifesto de 1º de agosto de 1822, dirigido por Dom Pedro aos brasileiros.”
No “Manifesto de Sua Alteza Real aos Povos deste Reino”, o príncipe regente proclama:
“Está acabado o tempo de enganar os homens. Os governos que ainda querem fundar o seu poder sobre a pretendida ignorância dos povos, ou sobre antigos erros e abusos, têm de ver o colosso da sua grandeza tombar da frágil base sobre que se erguera outrora... eu agora já vejo reunido todo o Brasil em torno de mim, pedindo-me a defesa dos seus direitos e a manutenção da sua Liberdade e Independência.”
Dom Pedro acrescenta:
“Acordemos, pois, generosos habitantes deste vasto e poderoso império. Está dado o grande passo da vossa independência e felicidade há tanto tempo preconizados pelos grandes políticos da Europa. Já sois um povo soberano; já entrastes na grande sociedade das nações independentes, a que tínheis todo o direito... a Europa, que reconheceu a independência dos Estados Unidos da América, e que ficou neutra na luta das Colônias Espanholas, não pode deixar de reconhecer a do Brasil (...). Que não se ouça entre vós outro grito que não seja União. Do Amazonas ao Prata que não retumbe outro eco que não seja Independência. Formem, todas as nossas províncias, o feixe misterioso que nenhuma força pode quebrar...”
No mesmo  Manifesto de Primeiro de Agosto de 1822, o príncipe anuncia: 
“Mandei convocar a Assembléia do Brasil, a fim de cimentar a Independência Política desse Reino, sem romper contudo os laços da Fraternidade Portuguesa; harmonizando-se com decoro e justiça todo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e conservando-se debaixo do mesmo Chefe  duas Famílias, separadas por imensos mares, que só podem viver reunidas pelos laços da igualdade de direitos, e recíprocos interesses.”
Independência, aqui, não implicava ainda total separação, mas sim uma completa autonomia:  
“Acordemos, pois, generosos habitantes desse vasto e poderoso Império, está dado o grande passo da Vossa Independência e Felicidade, há tanto tempo preconizadas pelos grandes políticos da Europa. Já sois um Povo Soberano; já entrastes na grande Sociedade das Nações Independentes, a que tínheis todo o direito.” 
Cinco dias depois dessa declaração formal de independência, dirigida “Aos Povos do Reino do Brasil”, um outro manifesto declara formalmente a independência, agora perante a comunidade internacional.
No “Arquivo Diplomático da Independência”  temos o documento de seis de agosto de 1822, redigido por José Bonifácio e assinado pelo príncipe-regente Pedro.  Este segundo manifesto tem uma breve introdução anexada a ele, que é intitulada, de modo muito claro:
“Sucinta e Verdadeira Exposição dos Fatos que Levaram o Príncipe, Agora Imperador, e o Povo Brasileiro a Proclamar o Brasil Como uma Nação Livre e Independente”.  
A introdução começa assim:
“O Brasil foi uma colônia de Portugal até 28 de janeiro de 1808, quando D. João VI, agora Rei de Portugal e Algarves e naquele momento Príncipe-Regente, em sua passagem a caminho do Rio de Janeiro e estando na Bahia, declarou por uma Lei que os portos brasileiros ficavam livres e abertos a todas as Nações.”
A introdução do Manifesto de Seis de Agosto traça então um breve histórico e lembra que, em 16 de dezembro de 1815, o Brasil foi “categoricamente” promovido à categoria de Reino –  o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
O Manifesto de Seis de Agosto propriamente dito, dirigido “A Todos os Governos e às Nações Amigas”, abre com os principais argumentos pelos quais o povo brasileiro “proclama a todo o Mundo a sua Independência Política;  e, como um Reino e uma Nação independente está resolvido a manter esse direito...”
Em seguida,  Dom Pedro proclama:
“... Eu, com o conselho dos Representantes populares, e na presença e sob a proteção de Deus Todo-Poderoso, Declaro e proclamo que o Brazil é uma Nação Livre e Independente, e que o Governo Estabelecido é em todos os atos um Governo Independente e Soberano. E a todas as nações amigas Eu declaro que os portos do Brasil estão livres e abertos ao Comércio...”
Todos esses dados, e inúmeros outros fatos que os reforçam, estão indiscutivelmente documentados e consensualmente estabelecidos.  O Grito do Ipiranga, em setembro, é uma ratificação da Declaração da Independência feita mais de um mês antes. Foi mais um anúncio (feito pelo príncipe perante a sua própria  guarda pessoal e comitiva em viagem) de que o caminho escolhido seria trilhado até o fim.
No dia seguinte ao Manifesto de Primeiro de Agosto,  Dom Pedro parece ter sido iniciado na maçonaria, mas não há consenso, entre os historiadores maçônicos,  sobre a data exata. 
Três dias depois do Manifesto, ele foi elevado ao grau de mestre maçom. Em 7 de setembro, ocorreu o Grito do Ipiranga. Em 9 de setembro, em reunião maçônica no Grande Oriente do Brasil, Dom Pedro foi proclamado imperador. Os acontecimentos se precipitaram. Em 18 de setembro ele escreveu a Dom João VI anunciando que o Brasil não obedeceria mais às Cortes portuguesas. Em 12 de outubro foi aclamado publicamente como imperador. O acordo entre José Bonifácio e os maçons, que era frágil de ambos os lados, se desfez. A maçonaria havia exigido de Dom Pedro três papéis assinados em branco e o juramento prévio da futura Constituição, fosse qual fosse o seu texto. Como resposta, em 25 de outubro, Dom Pedro fechou o Grande Oriente do Brasil, e, no dia 30, Bonifácio processou os principais líderes maçônicos.
Dia 3 de novembro, Bonifácio ordenou a prisão de Gonçalves Ledo, mas ele escapou para a Argentina, onde foi recebido com honras pelos dirigentes da maçonaria local.
Em 3 de maio de 1823, finalmente, foi instalada a Assembléia Constituinte. Em 7 de julho, foi desfeita a condenação contra os líderes maçônicos e eles puderam voltar. José Bonifácio se afastou do governo em 17 de julho.
Em 16 de novembro, Dom Pedro fechou a Assembléia Constituinte, e Bonifácio foi preso e desterrado para a França, onde ficaria por vários anos. Em fevereiro de 1824, Dom Pedro outorgou a primeira Constituição brasileira.
Em 2 de julho, o maçom Paes de Andrade, presidente da Junta de Governo de Pernambuco, lançou a chamada “Confederação do Equador”, proclamando a República,  e pediu apoio dos Estados vizinhos.  O movimento republicano foi vencido em novembro e seus líderes mortos.  Nenhum carrasco aceitou enforcar Frei Caneca, como queriam as autoridades, e ele teve de ser fuzilado.  Dom Pedro I abdicou do trono em 7 de abril de 1831, e depois disso o Grande Oriente do Brasil foi reorganizado. Durante um breve tempo, houve então um acordo de paz entre José Bonifácio e Gonçalves Ledo.
As principais forças políticas da época tinham um comportamento mutável e incoerente. Não havia um projeto histórico claro, com a exceção do Brasil planejado por José Bonifácio. Esse foi o esboço de projeto histórico que acabou, em parte, prevalecendo: um país unido, que caminhasse em direção à abolição da escravatura e à reforma agrária.  Significativamente, o sonho político dos republicanos já é realidade, mas a reforma agrária ainda não ocorreu: é mais fácil mudar a forma do que a substância.
O movimento maçônico participou de todas as lutas daquele período, e até do período posterior à proclamação da República em 1889, expressando, pela sua atuação freqüentemente desordenada e contraditória, os talentos e as fraquezas da alma brasileira.   Cumprida uma  etapa histórica, a maçonaria despolitizou-se,  o que é bom.
Quando estudamos as décadas mais conturbadas do século 19,  em que não faltaram golpes e  contragolpes na vida política brasileira, é sempre oportuno lembrar dos versos do poeta inglês Alexander Pope (1688-1744):
“Toda a natureza é apenas arte, desconhecida por ti;
Todo acaso, apenas direção, que tu não podes ver;
Toda discórdia, harmonia não compreendida;
Todo mal parcial, bem universal;
E apesar do orgulho, e da razão que falha,
Uma verdade é clara: tudo o que é, é correto.” 
A verdade é que nem sempre há muita coisa de novo sob o sol. 
No início do século 21, os sonhos de Tiradentes e Frei Caneca, assim como os projeto mais abrangente de José Bonifácio, só são desatualizados e contraditórios na sua superfície externa e aparente. Na realidade, eles continuam essencialmente atuais, assim como os Manifestos que proclamaram a independência em Primeiro de Agosto e Seis de Agosto de 1822. O Brasil, visto como um povo, continua acumulando forças e avançando passo a passo, naturalmente, na direção de uma maior independência nacional; sem pretender uma “separação” em relação ao resto do mundo, mas apontando para a justiça social, a reforma agrária,  a preservação do meio ambiente e – claro – a  ética na política e na administração pública. 

domingo, 29 de julho de 2012

EXALTAÇÃO



Em sessão magna de M.´. M.´. e após cumprirem estudos com louvor, no dia 28/06 foram exaltados os IIr.´. Moura e Henrique. Duas colunas fortes que tem contribuído com suas idéias e sapiência para o engrandecimento da ordem e da Loja Parnamirim 9. Daqui desejamos sucesso e que continuem a caminhada aos demais graus filosóficos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

MAÇONARIA


Qual é o segredo de uma instituição que, sem ser religião e a despeito de dogmas, rituais e práticas seculares, mantém e amplia espaço num mundo cada vez mais absorvente e interesseiro, como o de hoje? Ou de uma forma mais direta: Por que a Maçonaria continua forte, em tempos, tão impróprios aos seus paradigmas .A Maçonaria chegou até nossos dias, sem dúvida nenhuma graças o seu caráter secreto. Atravessou as mais profundas crises internas e externas e sofreu as mais aguerridas perseguições de seus inimigos, e emergiu incólume. Sobreviveu à ignorância, ao obscurantismo, à desmoralização, graças à fibra dos irmãos que nos precederam e que levaram às últimas conseqüências o juramento de sua iniciação. Embora hoje em dia esteja havendo um processo de profanação de nossos mistérios, devemos cultivar o silêncio para a nossa sobrevivência e para levar a regressão esta miserável doença que ameaça os arcanos da Ordem. Se quisermos promover o bem estar da Humanidade, levantando Templos à virtude e cavando masmorras ao vicio, devemos ter cuidado com nossas palavras, gestos e atitudes.
A Maçonaria, enfim, será sempre atual, porque serve a um perfil de Maçons, inspirado num modelo de perfeição que se convencionou chamar o Grande Arquiteto do Universo. E que perfil é este? O maçom não descrimina e não se deixa discriminar: é livre, procura ser virtuoso, tem bons costumes.
É fraterno sempre, especialmente com aqueles que se revelam irmãos, em loja ou fora dela, Se não existir Maçons com postura Maçônica, não existirá Maçonaria.
Um T.´.F.´.A.´.
recebido por email Ir.´. M.´. I.´. Gilberto de Andrade

domingo, 17 de junho de 2012

FESTA JUNINA FOI SUCESSO TOTAL !!!

A festa junina da Parnamirim nº 9, no dia 16/06, foi um sucesso. Os IIr.´. se fizeram presentes contribuindo para que a festa, muito bem organizada pelas Samaritanas com a Cunhada Sra. Dulciene à frente, se transformasse em um evento memorável à loja.
Várias comidas típicas à disposição dos amigos, IIr.´. , cunhadas e sobrinhos tudo muito bem organizado e de muito bom gosto. Quem estava enferrujado saiu da mesa e foi dançar com o grupo de forró pé de serra que alegrou a todos. Nosso salão ficou pequeno para tantos presentes, estimando-se em média 200 pessoas que não arredaram o pé, dançando até as primeiras horas do dia 17/06.
Parabéns ao Ven.´. George e as Samaritanas pelo grande evento.